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Saúde mental: O RH como suporte no contexto tecno-humanizado

Artigos Blog Techware
Techware
Setembro 20, 2019

O CONARH 2019 foi centrado no valor das pessoas com o tema Humanize. Realizado de 13 a 15 de agosto, o evento afirmou e reforçou em diversas palestras e debates que “apesar da tecnologia pulsante, uma peça é fundamental em todos os processos, o ser humano”. Continuando os diálogos do maior encontro de RH da América Latina, convidamos você a pensar com a Techware sobre como a tecnologia impacta na vida das pessoas e como isso pode ser positivo para a saúde mental e inteligência emocional dos colaboradores.

Diariamente, estamos rodeados por soluções digitais, gadgets e suportes tecnológicos. Além de tudo isso, as perspectivas são de ainda mais transformação com inteligência artificial, avanço do Big Data e inovação contínua. Entretanto, como pontuou o evento, o ser humano é peça fundamental nessas dinâmicas. Como tudo na vida, tecnologia é uma faca de dois gumes. Pode ser usada a favor da evolução das pessoas ou de forma maléfica e viciante. Logo, a primeira premissa aqui será o uso saudável da tecnologia. Casos extremos nos quais as ferramentas tornam problemáticas serão exceções excluídas das análises a seguir.  

Alguns exemplos corriqueiros mostram como soluções digitais podem ser positivas para a saúde e para o bem-estar. Aplicativos que avisam quando beber água, que auxiliam a rotina de exercícios e que facilitam uma alimentação equilibrada são referências simples e acessíveis. Especificamente para a saúde mental, realidade virtual e AI podem ser utilizadas em psicoterapias e os aplicativos podem apoiar meditações e técnicas de relaxamento. A mobilidade tecnológica é outro conceito útil à saúde mental e à inteligência emocional. Opções como acompanhamento em tempo real, automonitoramento e autointervenção estão crescendo no contexto das emoções e sentimentos.

Realidade virtual e acrofobia.

Um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, exemplifica a relação entre tecnologia, saúde mental e inteligência emocional. Os pesquisadores usaram um sistema automatizado de realidade virtual para tratar acrofobia – medo de altura. Cem pessoas diagnosticadas participaram da pesquisa e foram divididas em dois grupos. Um que foi tratado com a assistência de um avatar virtual e o outro, de controle, que não passou por nenhuma intervenção. O avatar encorajava e acompanhava os pacientes em experiências virtuais que os expunha gradualmente à altura. Ao final do estudo, 69% das pessoas que contaram com a terapia digital imersiva não se encaixavam mais nos critérios diagnósticos de acrofobia. Apesar de ser um estudo pequeno e para um grupo reduzido, é um exemplo contundente da eficiência da tecnologia usada a favor do bem-estar mental.

Tecnologia a favor da saúde dos colaboradores.

Para o presente e para o futuro, é possível prever que a tecnologia irá extrapolar o suporte gerencial ao RH para ser cada vez mais implantada no employee experience. Sem dúvidas, saúde mental e inteligência emocional serão focos dessa transformação, o que reforça o alinhamento das empresas aos movimentos crescentes de entendimento e cuidado integral do ser humano. A Gestão de Pessoas já é uma área que essencialmente respeita o valor das pessoas, logo, como evolução, o RH deverá espalhar sua mentalidade por todo o negócio, criando um contexto tecno-humanizado.


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